Estou bem melhor.
O clima político está tenso e eu estou no meio, mas procurando não me envolver além do que esperam de mim. A cidade respira política. Não era pra menos.
Já fiz bastante coisa, aliás, que achei que não faria, nessa campanha. Estava neutra e quieta. De repente, a coisa começou a pegar fogo e me vi de certa forma pressionada a mostrar a cara.
Não tenho problema em mostrar a cara, mas não queria muita exposição.
Mas faço pelo Dude.
Domingo faz 1 ano do assassinato dele. É muito triste e difícil o momento. Triste, porque era ele quem deveria estar disputando as eleições. Cheio de carisma, inteligente, macaco velho de política, o Dude tinha um planejamento e uma frieza de dar medo. Era um jogo de xadrez, pra ele. E ele sabia exatamente o que fazer, estava jogadas à frente do adversário. Saber que uma vida foi ceifada por isso... domingo será um dia triste.
Os dois lados aqui estão receosos, ninguém tem coragem de cantar vitória. Já houve briga, já houve discussão, todo mundo nervoso. E eu.... eu na Casa da Cultura, aguardando os acontecimentos.
Toda aquela irritação interna desapareceu.
Não, não era tensão pré-menstrual. rs
Como eu já tinha escrito, não sabia exatamente o que era e continuo sem saber, mas sumiu.
Fiquei semanas assim e o negócio simplesmente desapareceu, de forma tão estranha como veio.
Tento disfarçar mas, como todo mundo, estou preocupada com o resultado das eleições. Quando o Dude morreu, sentimos um desânimo inacreditável em continuar, mas continuamos. Se o Tato perder, a sensação será a mesma.
Tenho eventos marcados na Casa da Cultura para os próximos meses e obviamente eu os farei, independente de quem vença. Vamos até o fim com a programação aqui. Vamos até o fim com que temos em mãos, com o que dá pra fazer. Essa é a ideia e é isso que eu farei.
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