sexta-feira, 7 de outubro de 2016

"Tenho eventos marcados na Casa da Cultura para os próximos meses e obviamente eu os farei, independente de quem vença".

Doce ilusão...

Evidente que estou puta. Tento disfarçar aqui e ali porque não posso sair falando mal da administração. E sei que é preciso cortar gastos de todo lado. Ontem, um monte de comissionado foi pra rua.

Mas eu queria ir até novembro...

Infelizmente não será possível. 

Os professores têm se comportado de maneira admirável, pelo menos na minha frente. Mas sinto que é legítimo. Agora querem marcar um almoço, um encontro, qualquer coisa. Sinto que realmente tinha uma equipe comigo.


Enfim, vida que segue. 

Mas estou desanimada. 

Ontem foi um dia tão atípico. De manhã até à noite, só coisas incomuns acontecendo. Estava tão perdida que saí de carro pelas ruas da cidade e acabei em Capivari, na casa de candomblé...

Cheguei e logo fui instruída a ficar quieta. Tinha uma cliente depenando uma pata. Uma pata para Oxum. No candomblé, não se fala enquanto uma pata está sendo depenada. Corta-se o encanto.

O fato é que acharam o máximo uma fillha de Oxum chegar bem na hora de uma oferenda para Oxum.

Eu já entendi o que rola comigo. O lance é que tenho muito carinho por algumas pessoas lá. Eu tenho um sentimento de gratidão. Eu nunca neguei o quanto está sendo difícil esse lance de candomblé. Na verdade tinha uma cesta básica no carro e acabei levando lá, não fui tão a esmo.

Mas... no outro dia, quando acordo, sou totalmente católica. O que reforça pra mim que o sentimento que existe é gratidão e não vontade de voltar.

Eu não vou descrever tudo que aconteceu aqui ontem. Aqui, na sala da Cultura, onde estou. Fiquei até umas 19 horas no prédio e foi inusitado o que aconteceu, mas pulemos essa parte. Eu estou bem cansada. Tô naqueles dias de sono o dia inteiro. E, como tem apresentação na terça, as professoras estão fazendo um 'corre' para ensaiar. Tenho acompanhado, mas cansada.

Muito diz-que-me-diz, muita treta política ainda rolando e eu vou percebendo como algumas pessoas podem ser extremamente falsas e bairristas. Minhas respostas são curtas e grossas, quando me perguntam algo: "perguntem para o Barone". Não adianta vir perguntar pra mim! O cara já ganhou, o outro já perdeu, pronto, gente. Mas, dos dois lados, a provocação continua. Acho que é coisa de cidade pequena. Ou talvez seja coisa de política, mesmo. 

Sou mais prática. Não gosto de ficar perdendo tempo com essas coisas.








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