Bom! rs
São tantas tretas, por onde começo?
Sábado fui numa umbanda em Indaiatuba, Ricardo, contrariado, a tiracolo. Aquela coisa minha de "você vai sim e acabou". hehe Na verdade sou muito sutil nesse tipo de imposição, a não ser que não esteja com paciência. Geralmente estou.
Fervo por dentro, mas por fora sou atriz digna de Oscar... e também porque desgasta ter que fazer um banzé do oeste pras coisas, né. No fim você acaba falando coisa que nem estava pensando, mas na raiva você solta e isso é um perigo... a palavra lançada não volta e faz um tremendo estrago. Tento prestar atenção.
Não sou de ferro, mas tento prestar atenção.
Chegamos lá, pra resumir a história, e era gira de preto velho. Fomos os últimos a serem atendidos, fomos atendidos juntos, como casal. E ouvi uma cascata de elogios da entidade... rs
É bom ser elogiado, e é bom ser elogiado por um espírito. Ele disse que não ía dizer muita coisa porque nós "já sabemos bastante", nos abençoou, elogiou os nossos orixás (aí você, eu no caso, começo a ficar com a pulga atrás da orelha porque em nenhum momento mencionei que tínhamos santo, muito menos que fomos iniciados no candomblé), e aí o preto velho vira pra mim e fala "vc deixou de colocar café para o seu preto velho. Não tem mais. Coloca café pra ele!".
Realmente, colocava uma pequena xícara de café sem açúcar para o preto velho antes de qualquer um tomar. Parei de fazer isso quando saí do candomblé. Lógico que, chegando em casa, a primeira coisa que fiz foi fazer um café e "sarava preto velho, salve suas forças!".
Fomos ver a Corruptos, bebi uma cerveja, comi uma batata frita e... casa.
No domingo dormi a tarde inteira. Dormi à noite também. E finalmente, finalmente, hoje eu estava disposta pela manhã! É absurda a diferença.
Hum, vejamos.... comecei o dia já invocada, aí fui resolvendo as coisas e me irritando ainda mais com as teimosias alheias, fiz um almoço simples e agora estou em casa. Já limpei tudo (catiora Layla não dá folga), tenho que ouvir as músicas da Brexó, tenho que ouvir as músicas da missa de amanhã, tenho que ouvir as músicas do casamento de sábado.... e estou bem cansada.
Quando eu estou brava com alguma situação, eu sou assim: ou eu largo mão, ou eu pego com tudo, na marra, de birra. Eu sou insuportável quando eu resolvo assumir na marra porque minha vontade às vezes é mandar para aquele lugar, mas não. Não. Eu faço o joguinho, eu sou irritante. Eu vou levando a coisa no nível do insuportável, até que a outra pessoa espane, exploda, jogue pros ares, enquanto eu faço a egípcia. Reconheço esse tipo de comportamento há anos-luz de distância e é uma das coisas mais insuportáveis que existem numa pessoa. E eu, euzinha, sei me comportar assim...
Mas não é com todo mundo nem em todas as situações. Pra agir dessa forma eu realmente tenho que estar muito irritada. E é como eu me sinto em relação ao grupo da igreja...
Estamos na segunda, amanhã é a missa, Ricardo não sugeriu nenhuma música e o grupo parado, parado, parado, ninguém diz nada. Chego na Cultura, leio a liturgia, escolho as músicas, brava, brava, mando no grupo com um "bom dia!" como se acabasse de chegar de um passeio num jardim florido cheio de borboletas e beija-flores (hehe, continuo chateada), o povo vai respondendo aos poucos, tudo certo para amanhã.
E a pergunta que não quer calar é: E SE EU NÃO MANDASSE NADA??????
Aí, não satisfeita, porque hoje foi O dia, resolvo mandar um áudio para o chefe do setor de música. Me coloco à disposição para formar um coral a quatro vozes na igreja. Sei fazer, gosto de fazer, tenho um monte de partitura, algumas em latim, adoro latim, etc etc etc.
O cara ouve e nem se dá ao trabalho de responder.
Parto para nova tentativa de treta. Escrevo minha indignação no face pelo candidato da oposição não ter incluído o setor cultural no plano de governo dele (li todinho). Uma amiga do face marca o advogado dele no meu post. O post é compartilhado. Recompartilhado. Me ligam elogiando, e uma ligação em particular me lembra que foi justamente através de uma briga no face, defendendo o Dude, que chamei a atenção dele. Ele se divertiu com minhas respostas sempre irônicas (foi o que falei... eu nunca entro na pilha) e adorou o jeito agressivo, jeito que ele também possuía.
Ganhei o Dude numa briga. Marrento. Marrenta.
Aí, como a coisa já estava em ebulição mesmo, acabei discutindo com uma professora pelo WhatsApp. Tentando explicar a situação (pelas minhas contas, umas mil vezes) e enfrentando grande resistência, não perdi o controle mas fui muito, muito firme.
Antigamente não gostava dos comentários nos bastidores a respeito do meu temperamento, agora nem ligo. Estou ficando insuportável.
Na verdade, veja... não tenho uma postura de chefe inacessível na Cultura. Como a equipe é pequena, não vejo porquê ficar fazendo a Rapunzel trabalhada no "não me toque", na torre. Sou próxima, brinco bastante, mas quero que cada um saiba até onde vai o seu espaço, e alguns não sabem. Muitos me tratam respeitosa e formalmente (não forço a barra para ser informal com quem não quer isso, também), mas outros passam um pouco do limite. E é aí que tenho que mostrar quem manda.
Uso de todos os argumentos possíveis mas, quando eles são sumariamente ignorados, como hoje, aí o papo muda para "viu... eu decido, aqui. Ponto final".
E foi assim o dia de hoje! kkk
Vou agora fazer mais algumas coisas, precisava muito ouvir as músicas, estudar, mas...como o leitor já imagina, estou com sono. Vou tomar um banho e ir dormir.
Dormir BEM, para acordar BEM amanhã. Não sei o que é pior....rs