quinta-feira, 7 de julho de 2016

Grupo de oração carismático

Ontem fui num grupo de oração da igreja católica bem interessante, aqui em Elias.

Não sou muito afeita à renovação carismática. Entendo, respeito mas, como em alguns aspectos me lembra demais a igreja evangélica, então nunca me dei muito bem com os aspectos envolvidos nesse tipo de celebração.

Evidente que acredito e conheço o Espírito Santo, etc e tal. Mas.... na católica.... sei lá. Acho que é preciso tomar diversos cuidados para não descambar para um lado totalmente herético, que é o que muitas vezes acontece na igreja evangélica.

Então, o fato é que nunca tinha ido numa reunião carismática de oração, até ontem.

Tá, eu já fui em coisas ligadas ao catolicismo que são bem mais polêmicas, e mais de uma vez. A "turca", senhora muito conhecida em Campinas, que era professora de educação física, sofreu um acidente e diz ter tido uma visão de Nossa Senhora no leito do hospital, chamando-a para realizar alguma obra importante evangelística, construiu um santuário que, a meu ver, mistura sensacionalismo, profecias, catolicismo e espiritismo no mesmo lugar. Fui duas vezes há muitos anos atrás. Não posso negar que me impressionou o fato dessas duas visitas terem sido feitas num espaço de anos entre uma e outra e, nas duas vezes, me foi falado a mesmíssima coisa. Porque depois da celebração, as ajudantes dessa senhora deitam você no chão e começam a rezar o terço no seu ouvido direito, bem baixinho. Ela, a turca, vai passando de uma pessoa para a outra, colocando a mão no peito, às vezes na perna da pessoa. E geralmente ela fala alguma coisa. Pra mim ela disse a mesma coisa, duas vezes. Achei meio incrível porque, com a quantidade de gente que frequenta o local e devido ao espaçamento de anos entre uma visita e outra, era praticamente impossível ela lembrar de mim ou lembrar do que disse.... enfim. 

Guardo com muito carinho o que ela falou, mas não vou escrever aqui. Seria chover no molhado. Mais do mesmo.

Foi o único lugar que fui que tem o catolicismo no meio, fora a igreja normal, fora o protestantismo, fora o candomblé. rs Tenho amigos que ganham de mim, hein... foram em tudo isso mais Pró Vida, Kardecismo, tomaram chá de ayhuasca.... me dê um pouco de crédito de não pular taaaaaanto de galho em galho, caro leitor. Estou dentro da média. rs

Enfim, ontem fui na reunião de oração, igreja lotada, veio uma palestrante da comunidade de Santo Antônio de Indaiatuba - uma tal de dona Lurdinha - e achei legal tanto o tema da palestra quanto a palestra em si. Reunião realmente carismática. Mas com ordem. Gostei.

Aí, é claro, a menina que estava cantando, acompanhando outro cantor, ao me ver, ficou roxa. Ela mal cantou. E num dos intervalos entre as músicas, veio até mim e disse "estou muito feliz por te ver aqui. Quero você cantando lá na frente".

Aaaaaaaaaaiiiiii leitor querido!!!! Leitor amado!....

Eu não quero assim! Quero ficar no banco quietinha! Não recuso, mas pra começo de conversa eu nem faço parte do grupo, fui lá para conhecer, nem sei se vou participar, é toda quarta, e quarta eu tenho os ensaios da Brexó, então eu não posso ir toda quarta - pra começo de conversa. É o que falo: as pessoas olham pra mim e não vêem (não tem mais acento no novo acerto ortográfico, mas dane-se o novo acerto ortográfico!)  a Ana Lúcia. Vêem a cantora e a pianista, e só. 

Por outro lado, reclamo mas não consigo recusar PRINCIPALMENTE quando é algo para a igreja.

Mas, também, não sei se continuarei indo...rs

Sei de um pai de santo que está querendo que eu vá para a casa dele, em Salto. Hoje mesmo uma das filhas dele me deu uma leve cutucada. Respondi que não vou. E não vou mesmo. Enquanto isso, Oxossi continua em casa, limpo, mas em casa. E eu quero - e preciso - despachá-lo.

As pessoas ficam muito curiosas quando porventura eu cito o candomblé ou cito que fui filha de santo. Muito, muito curiosas. Eu também era muito, muito curiosa. Fui, vi, fiz o que tinha que fazer. Saí. Eu estou na igreja católica por escolha, não porque meus pais eram católicos e eu fui condicionada assim. Eu procurei outras coisas, eu experimentei outras coisas e, por livre e espontânea vontade, eu escolhi o catolicismo; conhecendo o outro lado, desmistificando os preconceitos, sabendo na real o que é e o que não é.

Não, não aconselho ninguém a fazer isso. Estou falando de mim. Cada um tem a sua jornada. Eu precisava saber.

É isso...






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