quarta-feira, 20 de julho de 2016

Amigos




Dia do Amigo. O que escrever, não?

Nunca tive muitos amigos, eu acho. Na escola eu era meio rebelde. Quieta, mas rebelde. Não andava muito com as colegas de classe, a não ser quando tinha que ser feito algum trabalho de escola e obrigatoriamente tivéssemos que nos reunir. Eu sempre tive companhias que eram de outra série porque eu evitava as panelinhas até dizer chega. 

Acho que teve fases. Teve uma fase que me lembro de praticamente a classe inteira ir para a minha casa me ouvir tocar piano. Como eu tocava as músicas 'do momento' e não só as eruditas, claro que o povo amava... era a época de "Everything I do, ido it for you", com aquele pianinho de introdução que todo mundo achava o máximo, inclusive eu...

O engraçado é que hoje, são esses amigos e amigas de escola, que moram em São Paulo ou em outro estado, todo mundo casado, que fazem questão de manter contato comigo. Sinto o quanto há de saudosismo, talvez nem tanto da amizade mas sim da época em si, de como éramos 'inocentes', de como a coisa era diferente. Eles têm razão. Desfrutamos de uma excelente época, crescemos nos anos 80, éramos adolescentes nos anos 90... décadas sensacionais em muitos aspectos, principalmente musical, né. Ou vai me dizer que foi feito alguma coisa interessante depois disso? (tá, foi feito sim; mas não na quantidade dessas décadas, onde tudo era bom, desde música infantil até a música de consumo mesmo).

Depois, os amigos do Conservatório, que também tenho contato. Nos reunimos 15 anos depois da formatura, num Giovannetti, em Campinas. Bebemos todas... alguns já foram me ver no Magnólia também. 

Os amigos do candomblé. Hoje são poucos, uns três ou quatro que continuam mantendo contato. 

E os amigos que passaram por muitas fases juntos comigo, apenas dois: Erike e Andreza.

Fora isso, outros amigos foram chegando...  e continuam chegando. Amigos de banda, amigos da noite, amigos que se fizeram na profissão e que ultrapassaram a profissão, pessoas que considero confiáveis e que torcem por mim como eu torço por elas. Não são muitos também, mas existem.

Amigos idosos, como o casal Maria Helena e Aurélio, que sempre estiveram comigo e que amo de paixão. Ricardo, meu esposo, que antes de ser esposo é meu amigo. Minha sogra que eu também considero uma amiga, pois quando tenho algum problema sério recorro a ela. Eu sei até que ponto posso ir com cada amigo, a verdade é essa. Eu os conheço muito, muito bem. Sei o que cada um pensa, o que cada um prioriza e me movimento sem invadir o espaço deles e sabendo pra quem correr, dependendo do problema.

Não sei se sou boa amiga. Podia ser mais. Acho que sou boa companhia, mas me considero boa amiga mesmo nas necessidades, quando cada um precisa realmente de algo. É muito bom ter bons amigos e não tem como você reduzir a amizade num lance de idade, ou sexo, ou posição, ou profissão. Essas coisas não contam de verdade. Quando você coloca limite para as coisas, acaba perdendo muito. 




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