quarta-feira, 6 de julho de 2016

Cultura

Estou sozinha na Casa da Cultura nesse momento,  num dos intervalos entre as aulas.

Tento muito fazer um meio de campo entre eu, a "chefe", e os professores e demais funcionários. Tenho sempre que lidar com duas situações. A primeira é, nesta tentativa de ser "legal", errar a mão e dar uma liberdade que não faz parte do pacote; a segunda é ser extremamente rígida e acabar com a coletividade e com o clima leve que sempre faço muita questão que permaneça.

Confesso que levei um tempo para equilibrar essa balança. Fui os dois extremos, várias e várias vezes.

Sempre tento melhorar, mas é claro que minha 'essência' é minha essência e não deixará de ser minha essência, rs. Lucy tem seu jeito... mas nada impede de dar uma lapidada em algumas coisas.

Sim, às vezes, eu continuo dando as temidas broncas. E, sim, sem poupar ninguém. Sempre cito que percebo uma reação de susto quando isso acontece e continuo achando impressionante como as pessoas não me vêm como alguém que pode ser áspera e inflexível. E quando estou certa, estou certa.... ponto, acabou.

O problema sempre é o jeito que as coisas são colocadas, e não as coisas em si. É aí que entra a lapidação que mencionei e que me custa, às vezes.

O outro lado da moeda é algo que devo admitir: sou muito carinhosa. E não levo as coisas para o lado pessoal. Sei que às vezes alguns ficam chateados com o modo que coloco as coisas, mas sabem que estou com a razão e sabem, principalmente, que a relação continua a mesma depois de tudo esclarecido - não faço biquinho, não fico emburrada, nada.

Tive alguns problemas que julguei serem de ordem pessoal, sim, e acabei cortando relações com uma pessoa que sempre me admirou e que eu também sempre gostei, que é o ex-diretor daqui. Chegou num ponto insuportável e acredito que rolou muita invasão, muita falta de bom senso da parte dele, me senti tratada como uma criança e isso é claro que não vou admitir, não aqui, na posição em que me encontro hoje.

"A posição que me encontro hoje" - só uma constatação. Não há muita vanglória. Sou muito exigente com o meu trabalho e acho que está aquém do que poderia ser. Outro papo... na verdade nunca vou estar satisfeita com o meu trabalho. Quando acerto, não fiz mais do que minha obrigação. Sempre, sempre, posso fazer mais e melhor. É assim que penso.

Tenho tentado não ser tããããããão exigente. Tenho tentado me felicitar pelo bom andamento dos cursos, pelos profissionais que consegui trazer para cá, com a cooperação que conquistei dos professores e isso é muito importante, essa cooperação é essencial. Afinal, eu sou artista. Eu sou a primeira a achar tudo lindo e a incentivar a produção deles. Então tento ver que resultados positivos existem, sim, e me sinto bem por coordenar tudo isso.

E assim caminhamos.



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