quarta-feira, 6 de julho de 2016

E lá vamos nós

Ando um pouco impressionada com a velocidade das situações na minha vida, ultimamente.

Acho engraçado. Na verdade tenho um parâmetro aí... não sou muito rígida em parâmetros, mas tenho notado que quando o negócio é 'pra ser' ele realmente É. Muito rápido, sem grandes intervenções da minha parte e com um mundo de sincronicidades que só quem é muito alienado não notaria.

Ao contrário, existem coisas que a gente luta, luta, luta, luta, luta, luta, e simplesmente não deslancham...

Tá, se fossemos (tem acento? Medo de soar uma senhora do século passado...) tomar isso como parâmetro, muita gente que hoje tem sucesso não teria, já que a maioria passou por poucas e boas até chegar ao que nós chamamos de 'sucesso' e, numa dessas pedras da estrada, devido ao cansaço, teriam obviamente desistido.

Uma coisa são as dificuldades da jornada. Outra, muito diferente, é dar 'murro em ponta de faca' numa situação em que, aparentemente, o universo não quer conspirar a favor.

Mas o que eu estou dizendo é que existem coisas importantes que simplesmente caem no meu colo, sem esforço meu. Geralmente eu estou na hora certa, no lugar certo, e.... acontece.

Sorte? Não creio. O leitor sabe muito bem dos meus devaneios religiosos mas, acima de tudo, o leitor conhece muito bem a minha religiosidade. Nada é coincidência, tudo é providência divina.

Havia um texto muito bom aqui no blog, chamado "O Batom e o Leito de Morte", que penso em reescrever. Ele descreve uma situação que foi um divisor de águas nessa jornada espiritual em que me encontro. Talvez eu o escreva novamente só para não perder o pingo d'água que faltava para eu mudar o rumo das coisas. Enfim. Às vezes você tenta, tenta, tenta, tenta, mas, principalmente quando se trata de uma comunidade, um grupo, uma sociedade ou o que quer que seja que envolva mais de uma pessoa, é injusto apenas uma ou duas lutarem enquanto outras vão ao sabor do vento.

Muita gente quer desfrutar do sucesso. Poucos querem se esforçar para o sucesso acontecer de fato. 

Não estou querendo dizer que acho correto pensar numa forma de retaliação para esse tipo de comportamento. É só uma constatação de como o mundo funciona. O mundo e as pessoas funcionam na base da troca, da reciprocidade, do toma lá dá cá, do interesse. 

E a gente entra no jogo, entende o processo e joga, mas sempre com uma sensação vazia e esquisita. Afinal, quem é seu amigo de verdade, não é mesmo? É como se você fosse forçado a vestir uma máscara todos os dias, de manhã, e saísse para trabalhar sabendo que pode se deparar com as mais variadas situações, tendo que fazer esse jogo de cintura, tendo que compreender, tendo que relevar, meio... solitário, até chegar em casa e aí ser você mesmo.

Eu não sou de modinhas. Tudo o que eu fui, desde a adolescência até agora, ainda que em determinados momentos se encaixasse em alguma classificação - você poderia me classificar tranquilamente de 'gótica' na adolescência, embora eu nunca tenha me classificado assim na época, mas hoje vejo que era, mesmo - foi legítimo, foi algo meu, foi sincero, foi Lucy sendo Lucy. E continuo assim. Não sou puxa-saco, não faço média, dificilmente sei da vida de outras pessoas, não espalho fofocas. Eu sempre ajo de acordo com um manualzinho de regras e definições muito minhas, ou seja, eu sou eu em qualquer situação. Mas tenho sim, dentro de mim, uma Lucy  meio vingativa, que espera que a justiça divina faça o seu trabalho.

Na verdade, veja bem... trata-se de uma 'resposta do universo'. rs
Karma.
Lei do Retorno.
O que você quiser chamar. 

O fato é que às vezes vejo certa pessoa se dando mal e automaticamente penso "tá vendo... fez isso, isso e aquilo, agora arca com o retorno..."

É mais ou menos por aí. Não, não se trata de um deleite. É uma compreensão de como a coisa funciona. Obviamente, serve para mim também, ou seja, "toma cuidado para não ser injusta, Lucy, porque um dia você terá o retorno desse ato".

Aí você pode explicar que tudo isso vem de Xangô, o Rei da Justiça, e meu pai, no candomblé. hehe

Não gosto de prejudicar, assim como não gosto de ser prejudicada. E não, não me vingo. Eu não faço atos de vingança. Eu deixo a rodar girar e eu acredito no processo, é isso. Se formos para o lado cristão da coisa, vixi.... aí é mais complicado, hein. "Dai a outra face"... 

O cristianismo é tão difícil que não me admira que nunca tenha de fato deixado-o de lado.

Enfim, lidando com os presentes caídos no meu colo, as usual, vou pensando no destino com curiosidade, espanto, respeito e um sorriso de canto de boca. 

Não faço a menor ideia do que pode acontecer na minha vida.

Eis a graça.






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