segunda-feira, 11 de julho de 2016

Dia corrido, estou sem almoço ainda e TODO MUNDO hoje resolveu que o whatsapp é a solução para conversar comigo e resolver todas as pendências... resultado que estou - estava - com um monte de chamadas, desde professor querendo sala, recepcionista pedindo conselho, um "seja bem vinda" (?) num grupo novo que eu nem sabia rs, reuniões marcadas, reuniões desmarcadas, e por aí vai...

Não sei se já mencionei que não gosto de abrir emails. Não gosto. Não me pergunte o porquê! Odeio chegar de manhã na Cultura e checar os emails. Faço de tudo para não vê-los, assim, de prima. Vou, tomo um café, outro café, outro café, rs.... às vezes me meto a "limpar a sala" rs.... qualquer coisa, menos sentar na frente do computador e abrir os emails.

Acho triste abrir emails. rsrsrs Sério, acho nada a ver. Mesma coisa quando o negócio era o msn. E minha janelinha de conversa no face está sempre desabilitada. 

Problema é que é impensável ficar sem whats, coisas importantes são resolvidas por lá, dá pra conversar, dá pra silenciar por um ano os grupos...

Estou tendo que me concentrar em algumas coisas bem diferentes ao mesmo tempo e isso exige de mim alguma disciplina nos horários. O tempo livre na Cultura, que não é muito e não existe todos os dias, tenho usado às vezes para estudar, ler o que for preciso ou ouvir as músicas que tenho que ouvir. Em casa, o sono chega cada vez mais cedo e muitas coisas que decido resolver por lá acabam sendo jogadas para o outro dia. Em relação às músicas estou mais disciplinada, ouço com atenção. Estou mais organizada também. 

Não, ainda não está no mesmo nível de antes, ouvir por ouvir. O piano mesmo, parei. Mas já não está tão sofrido ouvir as que precisam ser ouvidas, e várias vezes. Preciso voltar a incluir o piano nessa agenda meio apertada nem que seja uma hora, mas todo santo dia...

Bastante coisa, mesmo. Mas é gostoso. Sempre me lembro do psicólogo resumindo meus 'pobremas' em, basicamente, energia sobrando. "Transbordando", foi a palavra. Fico me perguntando se ele realmente acha que eu concordo com tudo o que ele fala, rs. Provavelmente ele sabe que não. Eu entendo, é lógico, mas... ele é coração e eu sou razão. Engraçado, né.

Evidente que ele concorda com muita coisa que falo, mas sutilmente ele trabalha com esse lado mais emocional, difícil, pra mim. Porque, além de "transbordante de energia", ele também notou minha óbvia dureza comigo mesma, a imensa dificuldade em me abrir de fato.  A rigidez da coisa. A desconfiança e o cansaço, vai. O cansaço em sempre assumir essa posição defensiva.

Falar bem a verdade, eu não tenho medo das pessoas me decepcionarem, eu acho que faz parte. Eu me sinto tão calejada nisso. É como se ninguém mais conseguisse me magoar embora eu saiba que, na prática, não é bem assim. Não é, mesmo. Mas... 

Sei lá, às vezes uma desesperança toma conta e é em relação a mim mesma. Um cinismo. Uma disposição de quem se movimenta aparentemente curtindo a coisa enquanto espera o próximo bote de uma suposta cobra no virar da esquina. Esse tipo de comportamento não sou nem um pouco a favor. 

Não importa que o mundo seja um lugarzinho questionável, eu gostaria de ser o tipo de pessoa que simplesmente confia nas outras até que se prove o contrário. E não essa coisa que já de primeira impõe barreiras. A religião tem me ajudado a resgatar um pouco de.... acolhimento imediato sem pensar no amanhã. Uma espécie de inocência, ainda que meio artificial, talvez... planejada.... sei lá.

Hoje é dia de São Bento e vou rezar um mooooonte de lindas orações que tenho, a ele. Uma coisa realmente importante que fiz foi colocar disciplina inclusive para isso. Orações. Tem me ajudado. Muuuuuuito. Muito. Muito. Um tempo de consagração diária que me acalma, jogando tudo pra cima da linda Desatadora dos Nós. 

Fiquei sabendo, depois de um tempo, que na primeira vez que fui no Santuário já de cara me deparei com o fundador da igreja aqui no Brasil - o padre gringo do sermão do pêndulo, que me deu a eucaristia e uma oração depois. Denis Bourgerie, o nome dele. 

E vamos seguindo, trabalho, casa, igreja. Ensaios esporádicos. Apresentações esporádicas do Café Society. Aulas de inglês. Psicólogo. É isso.










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