quinta-feira, 28 de julho de 2016

Fita nas mãos





Sem nenhum tempo para escrever no blog!

Tô pensando que não dá pra ser tudo ao mesmo tempo: dona de casa, esposa, cantora, diretora da cultura, ter o Café, a Brexó e agora o Santuário, e ainda ler os livros que eu quero ler, estudar as peças que quero estudar, fora o inglês e ver as séries que eu quero ver, rs.... etc etc etc.

Não sobra tempo pra nada, nada. Minha vida anda corrida e eu, agitada.

Ah, fora o tempo de oração, porque eu tinha e continuo mantendo esse tempo de oração, uma coisa que o Santuário exige e que eu particularmente gosto muito.

Todos que trabalham na Desatadora têm, necessariamente, que passar 4 horas diante do Santíssimo. Quatro horas mensais, distribuídas da forma que a pessoa achar melhor. O Santíssimo está numa sala bonita e confortável, com livros à disposição e com um silêncio absurdo. Num lugar fora do Santuário, no segundo andar.

O fato é que é impressionante a calma e a santidade do lugar e como você sai de lá se sentindo outra pessoa. O leitor sabe como me envolvo com as coisas, sempre. Nada é superficial, tudo é profundo, dramático, intenso, enfim. Tem sido assim minha experiência no Santuário.

Evidente que o Pristiq tem feito o que era pra fazer - me tirar do desânimo. Eu não conseguiria fazer nem metade do que estou fazendo se não fosse por ele mas, claro, uma parcela vem dessa ligação com a religião, algo que eu sentia ser necessário mas estava esperando, esperando... de repente as coisas se precipitaram. Eu, como sempre, não forço muito.

Quando eu forço uma situação é porque estou no limite. Sou uma pessoa que se deixa levar. Eu sou fácil de levar, embora às vezes pareça que tenho uma vontade firme, um gênio forte. Não acho. Eu cedo fácil. Odeio brigas. Eu preservo muito a minha tranquilidade.

Estou aqui escrevendo enquanto vejo um video no youtube na tv, com o piano me esperando na sala, já passam das 21 horas e tenho que ir dormir daqui a pouco. ... tá, não é daqui a pouco rs. Eu durmo às 23 horas ou depois. Mas eu acordo às 6 e sempre morrendo de sono. Isso não mudou. rs

Sei que estamos caminhando, com mais tranquilidade. Isso é importante. Com um pouco mais de foco e paciência. 





quarta-feira, 20 de julho de 2016

Amigos




Dia do Amigo. O que escrever, não?

Nunca tive muitos amigos, eu acho. Na escola eu era meio rebelde. Quieta, mas rebelde. Não andava muito com as colegas de classe, a não ser quando tinha que ser feito algum trabalho de escola e obrigatoriamente tivéssemos que nos reunir. Eu sempre tive companhias que eram de outra série porque eu evitava as panelinhas até dizer chega. 

Acho que teve fases. Teve uma fase que me lembro de praticamente a classe inteira ir para a minha casa me ouvir tocar piano. Como eu tocava as músicas 'do momento' e não só as eruditas, claro que o povo amava... era a época de "Everything I do, ido it for you", com aquele pianinho de introdução que todo mundo achava o máximo, inclusive eu...

O engraçado é que hoje, são esses amigos e amigas de escola, que moram em São Paulo ou em outro estado, todo mundo casado, que fazem questão de manter contato comigo. Sinto o quanto há de saudosismo, talvez nem tanto da amizade mas sim da época em si, de como éramos 'inocentes', de como a coisa era diferente. Eles têm razão. Desfrutamos de uma excelente época, crescemos nos anos 80, éramos adolescentes nos anos 90... décadas sensacionais em muitos aspectos, principalmente musical, né. Ou vai me dizer que foi feito alguma coisa interessante depois disso? (tá, foi feito sim; mas não na quantidade dessas décadas, onde tudo era bom, desde música infantil até a música de consumo mesmo).

Depois, os amigos do Conservatório, que também tenho contato. Nos reunimos 15 anos depois da formatura, num Giovannetti, em Campinas. Bebemos todas... alguns já foram me ver no Magnólia também. 

Os amigos do candomblé. Hoje são poucos, uns três ou quatro que continuam mantendo contato. 

E os amigos que passaram por muitas fases juntos comigo, apenas dois: Erike e Andreza.

Fora isso, outros amigos foram chegando...  e continuam chegando. Amigos de banda, amigos da noite, amigos que se fizeram na profissão e que ultrapassaram a profissão, pessoas que considero confiáveis e que torcem por mim como eu torço por elas. Não são muitos também, mas existem.

Amigos idosos, como o casal Maria Helena e Aurélio, que sempre estiveram comigo e que amo de paixão. Ricardo, meu esposo, que antes de ser esposo é meu amigo. Minha sogra que eu também considero uma amiga, pois quando tenho algum problema sério recorro a ela. Eu sei até que ponto posso ir com cada amigo, a verdade é essa. Eu os conheço muito, muito bem. Sei o que cada um pensa, o que cada um prioriza e me movimento sem invadir o espaço deles e sabendo pra quem correr, dependendo do problema.

Não sei se sou boa amiga. Podia ser mais. Acho que sou boa companhia, mas me considero boa amiga mesmo nas necessidades, quando cada um precisa realmente de algo. É muito bom ter bons amigos e não tem como você reduzir a amizade num lance de idade, ou sexo, ou posição, ou profissão. Essas coisas não contam de verdade. Quando você coloca limite para as coisas, acaba perdendo muito. 




sexta-feira, 15 de julho de 2016

Pristiq.






Segundo dia do antidepressivo e tomei a mesma dosagem de ontem.

É terrível pra levantar da cama, ele dá um sono absurdo. Mas, quando finalmente levantei... realmente, a disposição é outra.

Achei que era um efeito meio placebo porque, afinal, dois dias de medicação não é pra fazer esse banzé que está fazendo, mas me confirmaram que ele é assim mesmo. Age diretamente no cérebro e no sistema nervoso central. 

É bizarro. Ainda estou na dúvida se vou continuar ou não. Me sinto muito bem - a cabeça meio avoada, é verdade - mas o humor... mil por cento melhor. O humor está excelente.

Não quero ficar dependente. Mas entre esse bombardeio na cabeça e a angústia das semanas anteriores, fico com a primeira opção! Está muito gostoso. Muito gostoso. 

Pena que não pode ter interação com o álcool, evidentemente. Porque hoje é sexta e, com a disposição a mil e esse calor, a vontade é sair, encostar num boteco mulambento, abrir uma cerveja e dar risada da situação. Parei de fumar, então, sem cigarro para acompanhar a cerveja. A vontade é de CONVERSAR, na verdade. Conversar, conversar, conversar, conversar e só falar besteira, é claro. Nada de papo sério, nada de discutir a vida, o cosmo... nada de papos de "Ana Lúcia com depressão"...

Como não vou parar em boteco nenhum - e tem muito boteco novo por aí, principalmente no Carimã, bairro da periferia... aliás tem muita lojinha nova no Carimã, e eu aqui, no centrão, sem fuçar - vou para casa, talvez faça pipoca, tem um suspense lá para eu assistir que parece ser bom. Não tenho show neste fim de semana. Dá pra ficar à vontade e fazer as coisas de casa também, roupa pra lavar.... rs, essas coisas.

Hoje vim trabalhar pensando em como é bom morar no interior. Da rua da Cultura dá pra ver o horizonte, o céu, as plantações, o verde, a estrada que vai para a Rodovia do Açúcar. Estava - e é, na verdade - tão tranquilo quando vim pra cá de manhã. Como eu gosto de mato. Bicho do mato. Eu adoro a natureza, adoro árvores, plantas, bichos. Não sempre. rs

Não moraria num sítio. Ou até moraria num sítio. Não, não moraria num sítio. haha

Tem que ter uma certa "bagunça", se é que o leitor me entende. Não sei... às vezes me vejo como uma criança curiosa, nada além disso. Acho que me resume bem, de repente. Ou talvez seja só o efeito do antidepressivo.

Bom, vou parar por aqui. 













quinta-feira, 14 de julho de 2016

HEHE

Tomei um remédio ontem às 17h que pelamor...

É um antidepressivo modernoso, a bula é excelente, e tomei a dosagem mínima. Mas tô lesada! Sono, sono, sono, sono ao infinito. Fora a memória que já era, parece que já não tenho acesso à muita coisa dentro do meu cérebro.... é engraçado. Estou entorpecida.

Forte pra caramba. Não era bem o resultado que eu estava esperando, porque me dou razoavelmente bem com antidepressivos. Aos poucos eles fazem o que têm que fazer e eu vou gradativamente me sentindo melhor. Mas esse, não. Esse é um sossega leão instantâneo!

Vou cortá-lo no meio e tomar a metade hoje, para ver qual é. rs

Tá, o humor muda, evidente que me sinto extremamente tranquila, mas os relatos de pessoas que tomaram e cujos efeitos eu estava esperando, não era tanto a calma e sim uma disposição.

Se for assim, deu errado pra mim. Estou muito disposta.... a ir para a minha cama e dormir!

Como não estava com a chave do prédio hoje, fiquei esperando a recepcionista chegar dentro do carro e quaaaaase dormi! Estava quentinho e gostoso...

Bom, é só olhar pela qualidade do texto, caro leitor.... não vai sair muita coisa além disso... e estou de bom humor. Será, meu Deus? 

Levei uma hora e meia fazendo todo tipo de gambiarra digital para conseguir recuperar a senha do meu computador, antes de tentar todas as combinações mais esdrúxulas possíveis. Mudei a senha ontem, não fico inventando moda, e mesmo assim... não vinha! Não sei ainda o que deu certo, se o acesso via DOS ou a senha correta que magicamente foi digitada na hora certa... por via das dúvidas, já voltei para a senha antiga. São 11 horas, e o efeito ainda não passou.

Lembra um bori. Bori, caro leitor, é um ritual do candomblé que mais ou menos te deixa com a mesmíssima sensação. Uma tranquilidade sem limites e uma aparente blindagem no cérebro. Acho que o Bori é mais forte, na verdade. A parte do cérebro é mais forte. No Bori vc fica com a sensação que o cérebro está "solto" dentro da cabeça - eu falava que ele estava "numa nuvenzinha" rs. É louco. É absurdo o poder do Bori, só fazendo para entender. É que a paz do Bori não é forçada, ela simplesmente vem e se instala e pode cair o mundo que pra você não faz a menor diferença. Com esse antidepressivo, sinto que o desligamento foi feito à força. Mas de resto, a sensação é a mesma. Só que eu não queria desligar nada - queria estar mais alegrinha.

Vou observar. Tomar a metade da dosagem mínima e observar amanhã. Afinal, esse antidepressivo é um dos mais caros e falam coisas maravilhosas dele. Não vou descartar de cara mas, se continuar como hoje.... vou parar.


















quarta-feira, 13 de julho de 2016

Reli a última postagem e percebi que carrega um peso considerável. 

Leitor, isso foi ontem. 

Tenho descoberto, através de terceiros, que algumas pessoas falaram mal de mim. Na verdade, já esperava, então a reação não é propriamente de 'surpresa', mas sim de confirmação. Acontece que nem por isso fico menos chateada.

A coisa toda esbarra no que escrevo aqui à exaustão: ninguém me vê como alguém que enfrenta problemas e que sabe ser dura quando necessário. Minha cara de menina boazinha engana as pessoas. Fora que sou mulher num cargo de liderança.

Isso, para alguns homens machistas, é o fim da picada...

Então, quando acontece de eu realmente expôr o meu lado negro da força, alguns se doem. Sou educada, mas.... sei ser irônica. E sei principalmente para onde o vento sopra. A sorte é que, como já acontecia com o Dude, o prefeito atual me conhece e confia inteiramente em mim. Inteiramente. 

Mas fico pensando, sabe, como as pessoas distorcem as coisas só para te ferrar. É um tipo de comportamento comum mas que nunca fez parte do meu modo de fazer as coisas. Sou muito "a verdade, só a verdade, nada além da verdade".

Estou chateada, porque de um lado me esforço para que as coisas caminhem e, de outro, sou apunhalada pelas costas. Sinto que sentem inveja de mim. Sentem inveja da coragem que tenho em enfrentar problemas, sendo assim, mulherzinha. Sentem inveja da minha posição. E são muito, muito falsos, porque sorriem na minha frente. "Nossa, Lucy, em que mundo você vive?" Pois é. 

E hoje entendo a angústia de ontem, sem motivo aparente. Tudo explicado. A médium aqui sentiu.






Ontem eu não estava bem.

Fiquei com uma sensação meio angustiante por muito tempo, sem saber exatamente o porquê e, se você quer saber bem a verdade - embora eu seja médium e muitas vezes estou sentindo a angústia de outra pessoa - não é "gostoso" se sentir assim e eu estou cansada.

Eu sei que todas as pessoas têm seus dias bons e ruins mas, pô... é muita oscilação, e por nada. As palavras do psicólogo martelando na minha mente, um conflito de pensamentos e emoções e eu me vendo como uma pessoa que, afinal, sente o peso e a confusão das decisões tomadas porque nada é tão simples como parece.

"Ah, vou sair do candomblé" - ótimo. Mas as lembranças, a saudade da convivência, os poucos amigos, o ambiente em si - a própria religião, o medo que norteava alguns rituais e que eu GOSTAVA porque no fundo existe uma criança levada aqui, saudade do pai de santo, saudade de me enfiar na natureza, descalça, cachoeiras, entrega total do ser, a sujeira que me incomodava - não gosto de sangue - mas o óbvio fascínio em me saber filha de uma bruxa dentro da religião e o acesso às informações que essa condição me dava, o perigo, o contato com espíritos etc etc etc.

"Ah, vou tocar numa igreja evangélica" - ótimo. Mas a confiança depositada em mim pelo pastor e membros locais, muitos que me conhecem pois figurinha carimbada aqui eu sou, as ditas profecias e promessas divinas de que alguém viria para dar um tchan no louvor inexistente da igreja, a comparação de minha simples pessoa com um personagem bíblico que era levita por uma senhora que nem me conhece e isso há um ano atrás, minha óbvia curiosidade em estudar sobre tal personagem e encontrar, aqui e ali, algumas similaridades - o dito levita também saiu da igreja e se envolveu com o oculto - e a desistência, a culpa por desistir, a cobrança indireta para o Ricardo "pôxa, vcs nos abandonaram, minha mulher estava pensando em ir na sua casa conversar com sua esposa" ("abandonaram"?! Mas eu nem entrei! Não era membro da igreja, não era dizimista, não tinha meu nome lá, nada... era apenas um "reconhecimento de área") etc.

Minha ida desesperada ao Santuário de Nossa Senhora Desatadora dos Nós (não posso escrever "ah, vou na Desatadora dos Nós" porque isso realmente não foi planejado antes) como última tentativa de ajuda no âmbito religioso.... evidente que eu nunca discriminei Maria como a maior parte dos evangélicos fazem - eu nunca pensei como a maior parte dos evangélicos pensam, mas eu guardo as coisas pra mim - as coisas acontecendo, se encaminhando de forma rápida e eu me deixando levar pelos acontecimentos, me tornando parte da comunidade e talvez seja esse um dos poucos pontos da minha vida em que não existam dúvidas, porque eu realmente gosto de estar lá, gosto das missas lá e aqui na matriz de São José e, depois de tantas andanças, eis-me de volta ao catolicismo e com razoável fervor. Mas sinto que eu não sou a mesma.

Aí vou ao supermercado e preciso sair da fila do caixa porque as lágrimas surgem.
Volto a perambular pelos corredores repetindo mentalmente "calma, Ana" quando ouço me chamarem - uma menina de uma igreja tal querendo fazer aula de teclado. A conversa com ela me distrai e, depois,  vou direto ao setor de bebidas pensando "vou tomar alguma coisa que seja o suficiente para ficar bêbada", compro, chego em casa e é evidente que a voz vem: "não beba...". 

Não bebi.

Penso em ligar para o psicólogo ou mandar um whats dizendo que "está difícil a coisa e não sei o que está acontecendo". Desisto também. À noite, uma conversa que vira uma discussão, eu me abrindo e falando na real o mundo de coisas que, acredito, me moldam hoje e percebendo quais os problemas que de fato existem. Muita mágoa e uma impressionante dureza de coração que insiste em não se dissipar em perdão genuíno. Mas não perco a esperança. Me agarro como um náufrago se agarraria numa bóia em meio a um imenso oceano.

Na última sessão com o psicólogo falei como minha área de interesses é ampla e de como gostaria de ser uma daquelas pessoas que se interessam só por uma coisa, fazendo com que ele imediatamente abrisse um imenso sorriso que  me dizia "você? Impossível". Ele diz que tento me enquadrar desesperadamente em algum lugar e não consigo e, pior, não vou conseguir nunca, porque de fato não pertenço a nenhum desses lugares. Diz que não sei lidar com o que ele chama de "espírito livre" e "inteligência acima da média" porque olho para as outras pessoas buscando um parâmetro que obviamente não vou encontrar - porque sou diferente delas, assim como elas também são diferentes de mim e cada um tem seu universo particular. Seu "infinito particular" rs.

Falei e continuarei falando dessa inquietação e insatisfação constantes que me fazem ter um imenso sentimento de culpa porque não acho que eu deva ser insatisfeita com o que quer que seja - meu marido me ama; eu tenho uma casa linda; eu faço o que eu gosto; eu tenho saúde; as pessoas gostam de mim; eu tenho amigos; eu tenho talento; eu tenho sorte; eu tenho uma vida boa; etc etc etc etc etc etc etc etc etc etc etc etc então  por quê, meu Deus, por quê não estou inteiramente feliz? Por que parte de mim quer alguma coisa outra que nem eu sei direito o que é? E por que eu sei que, uma vez que eu consiga seja lá o que for que eu queira, imediatamente vou querer outra coisa e nem vou dar atenção direito ao que eu já consegui e que me era tão importante?!

Sinceramente..... às vezes eu penso em fazer um daqueles saltos duplos de pára-quedas em Boituva e, aí, o para-quedas poderia não abrir, nem o reserva.... já fui pesquisar o preço. Trezentos e qualquer coisa. Não é caro.

Atribuo isso à depressão. Nada que remédios não resolvam. Evidente que não vou para Boituva. E a culpa volta de novo....

Essa semana em particular é a semana que antecede um novo ciclo na minha vida e entendo toda essa angústia como também sendo parte da expectativa desse novo ciclo e de tudo que se inicia com ele. Mas vamos tentar ir um dia por vez. Deixar o tempo fazer seu trabalho. Deixar Deus fazer seu trabalho. 

Deixar Deus fazer seu trabalho porque, de verdade, eu mesma já não sei o que fazer.




segunda-feira, 11 de julho de 2016

Dia corrido, estou sem almoço ainda e TODO MUNDO hoje resolveu que o whatsapp é a solução para conversar comigo e resolver todas as pendências... resultado que estou - estava - com um monte de chamadas, desde professor querendo sala, recepcionista pedindo conselho, um "seja bem vinda" (?) num grupo novo que eu nem sabia rs, reuniões marcadas, reuniões desmarcadas, e por aí vai...

Não sei se já mencionei que não gosto de abrir emails. Não gosto. Não me pergunte o porquê! Odeio chegar de manhã na Cultura e checar os emails. Faço de tudo para não vê-los, assim, de prima. Vou, tomo um café, outro café, outro café, rs.... às vezes me meto a "limpar a sala" rs.... qualquer coisa, menos sentar na frente do computador e abrir os emails.

Acho triste abrir emails. rsrsrs Sério, acho nada a ver. Mesma coisa quando o negócio era o msn. E minha janelinha de conversa no face está sempre desabilitada. 

Problema é que é impensável ficar sem whats, coisas importantes são resolvidas por lá, dá pra conversar, dá pra silenciar por um ano os grupos...

Estou tendo que me concentrar em algumas coisas bem diferentes ao mesmo tempo e isso exige de mim alguma disciplina nos horários. O tempo livre na Cultura, que não é muito e não existe todos os dias, tenho usado às vezes para estudar, ler o que for preciso ou ouvir as músicas que tenho que ouvir. Em casa, o sono chega cada vez mais cedo e muitas coisas que decido resolver por lá acabam sendo jogadas para o outro dia. Em relação às músicas estou mais disciplinada, ouço com atenção. Estou mais organizada também. 

Não, ainda não está no mesmo nível de antes, ouvir por ouvir. O piano mesmo, parei. Mas já não está tão sofrido ouvir as que precisam ser ouvidas, e várias vezes. Preciso voltar a incluir o piano nessa agenda meio apertada nem que seja uma hora, mas todo santo dia...

Bastante coisa, mesmo. Mas é gostoso. Sempre me lembro do psicólogo resumindo meus 'pobremas' em, basicamente, energia sobrando. "Transbordando", foi a palavra. Fico me perguntando se ele realmente acha que eu concordo com tudo o que ele fala, rs. Provavelmente ele sabe que não. Eu entendo, é lógico, mas... ele é coração e eu sou razão. Engraçado, né.

Evidente que ele concorda com muita coisa que falo, mas sutilmente ele trabalha com esse lado mais emocional, difícil, pra mim. Porque, além de "transbordante de energia", ele também notou minha óbvia dureza comigo mesma, a imensa dificuldade em me abrir de fato.  A rigidez da coisa. A desconfiança e o cansaço, vai. O cansaço em sempre assumir essa posição defensiva.

Falar bem a verdade, eu não tenho medo das pessoas me decepcionarem, eu acho que faz parte. Eu me sinto tão calejada nisso. É como se ninguém mais conseguisse me magoar embora eu saiba que, na prática, não é bem assim. Não é, mesmo. Mas... 

Sei lá, às vezes uma desesperança toma conta e é em relação a mim mesma. Um cinismo. Uma disposição de quem se movimenta aparentemente curtindo a coisa enquanto espera o próximo bote de uma suposta cobra no virar da esquina. Esse tipo de comportamento não sou nem um pouco a favor. 

Não importa que o mundo seja um lugarzinho questionável, eu gostaria de ser o tipo de pessoa que simplesmente confia nas outras até que se prove o contrário. E não essa coisa que já de primeira impõe barreiras. A religião tem me ajudado a resgatar um pouco de.... acolhimento imediato sem pensar no amanhã. Uma espécie de inocência, ainda que meio artificial, talvez... planejada.... sei lá.

Hoje é dia de São Bento e vou rezar um mooooonte de lindas orações que tenho, a ele. Uma coisa realmente importante que fiz foi colocar disciplina inclusive para isso. Orações. Tem me ajudado. Muuuuuuito. Muito. Muito. Um tempo de consagração diária que me acalma, jogando tudo pra cima da linda Desatadora dos Nós. 

Fiquei sabendo, depois de um tempo, que na primeira vez que fui no Santuário já de cara me deparei com o fundador da igreja aqui no Brasil - o padre gringo do sermão do pêndulo, que me deu a eucaristia e uma oração depois. Denis Bourgerie, o nome dele. 

E vamos seguindo, trabalho, casa, igreja. Ensaios esporádicos. Apresentações esporádicas do Café Society. Aulas de inglês. Psicólogo. É isso.










quinta-feira, 7 de julho de 2016

Grupo de oração carismático

Ontem fui num grupo de oração da igreja católica bem interessante, aqui em Elias.

Não sou muito afeita à renovação carismática. Entendo, respeito mas, como em alguns aspectos me lembra demais a igreja evangélica, então nunca me dei muito bem com os aspectos envolvidos nesse tipo de celebração.

Evidente que acredito e conheço o Espírito Santo, etc e tal. Mas.... na católica.... sei lá. Acho que é preciso tomar diversos cuidados para não descambar para um lado totalmente herético, que é o que muitas vezes acontece na igreja evangélica.

Então, o fato é que nunca tinha ido numa reunião carismática de oração, até ontem.

Tá, eu já fui em coisas ligadas ao catolicismo que são bem mais polêmicas, e mais de uma vez. A "turca", senhora muito conhecida em Campinas, que era professora de educação física, sofreu um acidente e diz ter tido uma visão de Nossa Senhora no leito do hospital, chamando-a para realizar alguma obra importante evangelística, construiu um santuário que, a meu ver, mistura sensacionalismo, profecias, catolicismo e espiritismo no mesmo lugar. Fui duas vezes há muitos anos atrás. Não posso negar que me impressionou o fato dessas duas visitas terem sido feitas num espaço de anos entre uma e outra e, nas duas vezes, me foi falado a mesmíssima coisa. Porque depois da celebração, as ajudantes dessa senhora deitam você no chão e começam a rezar o terço no seu ouvido direito, bem baixinho. Ela, a turca, vai passando de uma pessoa para a outra, colocando a mão no peito, às vezes na perna da pessoa. E geralmente ela fala alguma coisa. Pra mim ela disse a mesma coisa, duas vezes. Achei meio incrível porque, com a quantidade de gente que frequenta o local e devido ao espaçamento de anos entre uma visita e outra, era praticamente impossível ela lembrar de mim ou lembrar do que disse.... enfim. 

Guardo com muito carinho o que ela falou, mas não vou escrever aqui. Seria chover no molhado. Mais do mesmo.

Foi o único lugar que fui que tem o catolicismo no meio, fora a igreja normal, fora o protestantismo, fora o candomblé. rs Tenho amigos que ganham de mim, hein... foram em tudo isso mais Pró Vida, Kardecismo, tomaram chá de ayhuasca.... me dê um pouco de crédito de não pular taaaaaanto de galho em galho, caro leitor. Estou dentro da média. rs

Enfim, ontem fui na reunião de oração, igreja lotada, veio uma palestrante da comunidade de Santo Antônio de Indaiatuba - uma tal de dona Lurdinha - e achei legal tanto o tema da palestra quanto a palestra em si. Reunião realmente carismática. Mas com ordem. Gostei.

Aí, é claro, a menina que estava cantando, acompanhando outro cantor, ao me ver, ficou roxa. Ela mal cantou. E num dos intervalos entre as músicas, veio até mim e disse "estou muito feliz por te ver aqui. Quero você cantando lá na frente".

Aaaaaaaaaaiiiiii leitor querido!!!! Leitor amado!....

Eu não quero assim! Quero ficar no banco quietinha! Não recuso, mas pra começo de conversa eu nem faço parte do grupo, fui lá para conhecer, nem sei se vou participar, é toda quarta, e quarta eu tenho os ensaios da Brexó, então eu não posso ir toda quarta - pra começo de conversa. É o que falo: as pessoas olham pra mim e não vêem (não tem mais acento no novo acerto ortográfico, mas dane-se o novo acerto ortográfico!)  a Ana Lúcia. Vêem a cantora e a pianista, e só. 

Por outro lado, reclamo mas não consigo recusar PRINCIPALMENTE quando é algo para a igreja.

Mas, também, não sei se continuarei indo...rs

Sei de um pai de santo que está querendo que eu vá para a casa dele, em Salto. Hoje mesmo uma das filhas dele me deu uma leve cutucada. Respondi que não vou. E não vou mesmo. Enquanto isso, Oxossi continua em casa, limpo, mas em casa. E eu quero - e preciso - despachá-lo.

As pessoas ficam muito curiosas quando porventura eu cito o candomblé ou cito que fui filha de santo. Muito, muito curiosas. Eu também era muito, muito curiosa. Fui, vi, fiz o que tinha que fazer. Saí. Eu estou na igreja católica por escolha, não porque meus pais eram católicos e eu fui condicionada assim. Eu procurei outras coisas, eu experimentei outras coisas e, por livre e espontânea vontade, eu escolhi o catolicismo; conhecendo o outro lado, desmistificando os preconceitos, sabendo na real o que é e o que não é.

Não, não aconselho ninguém a fazer isso. Estou falando de mim. Cada um tem a sua jornada. Eu precisava saber.

É isso...






quarta-feira, 6 de julho de 2016

E lá vamos nós

Ando um pouco impressionada com a velocidade das situações na minha vida, ultimamente.

Acho engraçado. Na verdade tenho um parâmetro aí... não sou muito rígida em parâmetros, mas tenho notado que quando o negócio é 'pra ser' ele realmente É. Muito rápido, sem grandes intervenções da minha parte e com um mundo de sincronicidades que só quem é muito alienado não notaria.

Ao contrário, existem coisas que a gente luta, luta, luta, luta, luta, luta, e simplesmente não deslancham...

Tá, se fossemos (tem acento? Medo de soar uma senhora do século passado...) tomar isso como parâmetro, muita gente que hoje tem sucesso não teria, já que a maioria passou por poucas e boas até chegar ao que nós chamamos de 'sucesso' e, numa dessas pedras da estrada, devido ao cansaço, teriam obviamente desistido.

Uma coisa são as dificuldades da jornada. Outra, muito diferente, é dar 'murro em ponta de faca' numa situação em que, aparentemente, o universo não quer conspirar a favor.

Mas o que eu estou dizendo é que existem coisas importantes que simplesmente caem no meu colo, sem esforço meu. Geralmente eu estou na hora certa, no lugar certo, e.... acontece.

Sorte? Não creio. O leitor sabe muito bem dos meus devaneios religiosos mas, acima de tudo, o leitor conhece muito bem a minha religiosidade. Nada é coincidência, tudo é providência divina.

Havia um texto muito bom aqui no blog, chamado "O Batom e o Leito de Morte", que penso em reescrever. Ele descreve uma situação que foi um divisor de águas nessa jornada espiritual em que me encontro. Talvez eu o escreva novamente só para não perder o pingo d'água que faltava para eu mudar o rumo das coisas. Enfim. Às vezes você tenta, tenta, tenta, tenta, mas, principalmente quando se trata de uma comunidade, um grupo, uma sociedade ou o que quer que seja que envolva mais de uma pessoa, é injusto apenas uma ou duas lutarem enquanto outras vão ao sabor do vento.

Muita gente quer desfrutar do sucesso. Poucos querem se esforçar para o sucesso acontecer de fato. 

Não estou querendo dizer que acho correto pensar numa forma de retaliação para esse tipo de comportamento. É só uma constatação de como o mundo funciona. O mundo e as pessoas funcionam na base da troca, da reciprocidade, do toma lá dá cá, do interesse. 

E a gente entra no jogo, entende o processo e joga, mas sempre com uma sensação vazia e esquisita. Afinal, quem é seu amigo de verdade, não é mesmo? É como se você fosse forçado a vestir uma máscara todos os dias, de manhã, e saísse para trabalhar sabendo que pode se deparar com as mais variadas situações, tendo que fazer esse jogo de cintura, tendo que compreender, tendo que relevar, meio... solitário, até chegar em casa e aí ser você mesmo.

Eu não sou de modinhas. Tudo o que eu fui, desde a adolescência até agora, ainda que em determinados momentos se encaixasse em alguma classificação - você poderia me classificar tranquilamente de 'gótica' na adolescência, embora eu nunca tenha me classificado assim na época, mas hoje vejo que era, mesmo - foi legítimo, foi algo meu, foi sincero, foi Lucy sendo Lucy. E continuo assim. Não sou puxa-saco, não faço média, dificilmente sei da vida de outras pessoas, não espalho fofocas. Eu sempre ajo de acordo com um manualzinho de regras e definições muito minhas, ou seja, eu sou eu em qualquer situação. Mas tenho sim, dentro de mim, uma Lucy  meio vingativa, que espera que a justiça divina faça o seu trabalho.

Na verdade, veja bem... trata-se de uma 'resposta do universo'. rs
Karma.
Lei do Retorno.
O que você quiser chamar. 

O fato é que às vezes vejo certa pessoa se dando mal e automaticamente penso "tá vendo... fez isso, isso e aquilo, agora arca com o retorno..."

É mais ou menos por aí. Não, não se trata de um deleite. É uma compreensão de como a coisa funciona. Obviamente, serve para mim também, ou seja, "toma cuidado para não ser injusta, Lucy, porque um dia você terá o retorno desse ato".

Aí você pode explicar que tudo isso vem de Xangô, o Rei da Justiça, e meu pai, no candomblé. hehe

Não gosto de prejudicar, assim como não gosto de ser prejudicada. E não, não me vingo. Eu não faço atos de vingança. Eu deixo a rodar girar e eu acredito no processo, é isso. Se formos para o lado cristão da coisa, vixi.... aí é mais complicado, hein. "Dai a outra face"... 

O cristianismo é tão difícil que não me admira que nunca tenha de fato deixado-o de lado.

Enfim, lidando com os presentes caídos no meu colo, as usual, vou pensando no destino com curiosidade, espanto, respeito e um sorriso de canto de boca. 

Não faço a menor ideia do que pode acontecer na minha vida.

Eis a graça.






Cultura

Estou sozinha na Casa da Cultura nesse momento,  num dos intervalos entre as aulas.

Tento muito fazer um meio de campo entre eu, a "chefe", e os professores e demais funcionários. Tenho sempre que lidar com duas situações. A primeira é, nesta tentativa de ser "legal", errar a mão e dar uma liberdade que não faz parte do pacote; a segunda é ser extremamente rígida e acabar com a coletividade e com o clima leve que sempre faço muita questão que permaneça.

Confesso que levei um tempo para equilibrar essa balança. Fui os dois extremos, várias e várias vezes.

Sempre tento melhorar, mas é claro que minha 'essência' é minha essência e não deixará de ser minha essência, rs. Lucy tem seu jeito... mas nada impede de dar uma lapidada em algumas coisas.

Sim, às vezes, eu continuo dando as temidas broncas. E, sim, sem poupar ninguém. Sempre cito que percebo uma reação de susto quando isso acontece e continuo achando impressionante como as pessoas não me vêm como alguém que pode ser áspera e inflexível. E quando estou certa, estou certa.... ponto, acabou.

O problema sempre é o jeito que as coisas são colocadas, e não as coisas em si. É aí que entra a lapidação que mencionei e que me custa, às vezes.

O outro lado da moeda é algo que devo admitir: sou muito carinhosa. E não levo as coisas para o lado pessoal. Sei que às vezes alguns ficam chateados com o modo que coloco as coisas, mas sabem que estou com a razão e sabem, principalmente, que a relação continua a mesma depois de tudo esclarecido - não faço biquinho, não fico emburrada, nada.

Tive alguns problemas que julguei serem de ordem pessoal, sim, e acabei cortando relações com uma pessoa que sempre me admirou e que eu também sempre gostei, que é o ex-diretor daqui. Chegou num ponto insuportável e acredito que rolou muita invasão, muita falta de bom senso da parte dele, me senti tratada como uma criança e isso é claro que não vou admitir, não aqui, na posição em que me encontro hoje.

"A posição que me encontro hoje" - só uma constatação. Não há muita vanglória. Sou muito exigente com o meu trabalho e acho que está aquém do que poderia ser. Outro papo... na verdade nunca vou estar satisfeita com o meu trabalho. Quando acerto, não fiz mais do que minha obrigação. Sempre, sempre, posso fazer mais e melhor. É assim que penso.

Tenho tentado não ser tããããããão exigente. Tenho tentado me felicitar pelo bom andamento dos cursos, pelos profissionais que consegui trazer para cá, com a cooperação que conquistei dos professores e isso é muito importante, essa cooperação é essencial. Afinal, eu sou artista. Eu sou a primeira a achar tudo lindo e a incentivar a produção deles. Então tento ver que resultados positivos existem, sim, e me sinto bem por coordenar tudo isso.

E assim caminhamos.



segunda-feira, 4 de julho de 2016

De volta, um pouco atrasada no posts.

As sessões com psicólogo estão me ajudando bastante e, de certa forma, me suprindo a necessidade de falar que acabo compensando neste blog, escrevendo.

Tenho sido muito sincera. Muuuuuuuuuuito sincera. E sou elogiada pelo que ele chama de "maturidade" e "inteligência afetiva".

Evidente que o cara é muito bom, muito, muito, muito. Psicólogo interventivo, daqueles que interrompem a sua fala, te mostra outros caminhos, outro raciocínio. Eu, com o meu filtro ligado até mesmo diante de um excelente profissional, aproveito as ótimas sacadas que ele tem e deixo de lado algumas coisas com as quais eu não concordo inteiramente.

Hoje conversamos sobre música. Diferente da sessão anterior, pesada, complexa, hoje o papo foi tranquilo, uma conversa. Sem chororô. Vou me descobrindo nas sessões. Vou me ouvindo falar e tomando consciência da mulher que eu sou, das escolhas que eu fiz e de como realmente estou e sempre estive muito a par do que quero e do que não quero.

Vou tomando consciência de que as pessoas me amam, me admiram e têm razões para isso porque, até aqui, minha vivência tem sido tudo, menos monótona. O tipo de conhecimento que tenho angariado nessa vida é complexo, abrangente, o que me torna uma pessoa que poderia ser chamada de "interessante" ao conversar.

Não, não foi ele quem me disse isso. Ele fez e faz outros tipos de elogios. Isso foi eu mesma que cheguei à conclusão. rs

Vou compreendendo que posso, às vezes, me sentir confusa como todo mundo se sente e como me permito sentir isso. 

Às vezes, acho que ele soa muito relativista. As coisas não são tão preto no branco, ou pelo menos eu sou o tipo de pessoa que considera os diversos tons de cinza no meio. Mas estou feliz com os resultados até então. Ele me fez ver muita coisa, e aceitar muita coisa também.

De volta das férias, achei que iria sentir a diferença porque meus horários estavam todos desregulados, mas não. Hoje levantei com o maior pique, fiz feijão (!) - pasme, leitor, fiz feijão às 6 da matina - e ainda deu tempo para fazer um mundo de outras coisas antes de vir para o trabalho. Claro que depois do almoço sempre dá uma baqueada, mas isso já acontecia antes das férias.... faz parte do meu jeito de ser ficar com sono depois do almoço...

E seguimos caminhando, devagar e sempre.