terça-feira, 14 de junho de 2016
O sol perdido entre árvores às seis da tarde.
E tudo o mais era distante
Era um sonho numa cama fria
Como o pulsar de uma máquina
As batidas de um coração.
A máquina não é o coração
Ela apenas aponta a existência
O coração de fato está dentro
Não se vê mais
Não se vê, mas
Sabe-se que em algum lugar.
Tudo o mais era o céu
O horizonte, a linha, a cor laranja
Era esperança
Na insistência de captura
O sol perdido entre árvores às seis da tarde
Era tudo alma.
Gêmea, siamesa, confusa
Eram suspiros entre letras inexistentes
Ânsia, ímpeto, insistente
Tempo ocupado por pulsantes
De um coração
Sabe-se que em algum lugar.
Hoje o silêncio fala
Discursa veladamente para os cegos
Para os trôpegos das calçadas.
Grita nas esquinas e sussurra para o nada
Desenha os amores
Desenha as dores
Rabisca o pensamento que voa insone
Era tudo sempre.
O esforço de um coração acelerado
ofegante
Sabe-se que em algum lugar
Na neblina de uma rua mal iluminada
Continua.
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