Às vezes, é preciso se concentrar em outras coisas, projetos, planos, sonhos, a puta que pariu, para tentar racionalmente controlar sentimentos insanos.
Luta constante entre o racional e o emocional.
Sabe a excelente maionese feita com excelentes ingredientes mas que contém a maldita maçã picadinha que você não gosta? Pois bem. Você come a salada, deliciosa, suportando a frutinha no meio, porque compensa. Até que, num almoço, você decide não comer mais, só por causa da maçã.
E, se tiver só isso como alimento, você passa fome.
Sou racional, mas, uma ou duas vezes, joguei tudo para o alto sem vacilar, por bobagens. E não me arrependo. Chego à conclusão de que, se joguei para o alto, não eram bobagens, embora pudessem ser motivos pequenos.
Motivos pequenos que se tornaram grandes incômodos.
No final, sempre observamos.
Arranco a erva daninha do jardim, ou deixo o jardim ser tomado por ela, com a mesma eficiência.
A questão do tempo vai além de um conceito do candomblé. O tempo realmente é senhor das situações, mostra a lealdade de uns, a esperteza de outros, indica com eficiência para onde o vento sopra, esclarece situações e eu tenho uma facilidade grande em saber quem as pessoas são antes de conhecê-las realmente. Não acerto todas, mas a maioria. No fim, com maior ou menor intensidade, todo mundo busca em primeiro lugar seu próprio bem estar. Acontece que alguns são muito filhos da puta nesse processo, enquanto outros se movimentam com um pouco mais de bom senso.
Meu posicionamento é simples: tento ajudar. Simples. Básico. Fácil.
Sem ingenuidade, mas acreditando piamente na força do bem num aspecto mais amplo, mais transcendente. As conveniências e os jogos dessas pessoas não me atraem. Sei jogar, sei quando estão jogando, sei dos puxa-saquismos infindáveis que enchem o meu saco e me deixam um pouco enojada, mas a verdade é que sou livre. Veja bem... não se trata apenas da "força do bem". Se trata de ter princípios e agir de conformidade com eles. Quando reconheço lealdade, sou mais fiel que um cachorro...
Não significa que sou santa. No mundo dos bichinhos me recuso a ser a cobra. Deixo o universo ser a cobra por mim.
Um texto enorme por uma pequena chateação, mas bola pra frente. Ao invés de tentar danificar o jardim alheio, me concentro em fazer do meu o mais lindo, colorido e cheiroso jardim que puder. Sorte de quem escolher passear por ele.

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